terça-feira, 13 de maio de 2014

Avaliação de Língua Portuguesa para 9 ano, com o tema Alimentação




O pão nosso de cada dia
Texto 1
         Será que existe uma pessoa no mundo que não gosta de pão? Não foi sem razão que Cristo escolheu o pão para representar seu corpo. Além de ser ótimo, o pão leva uma vantagem imensa sobre todos os alimentos. É, de certa forma, o único que pode ser comido novo ou velho, dormido ou quente.   E que mesmo quando está duro, serve para fazer farinha, pudim, rabanada e até para acender churrasqueira, quando é molhado no álcool e colocado por baixo do carvão...
             Além disso, pão combina com tudo. Um simples “pão molhado”, daqueles que  são vendidos em botequins, pode ser um acepipe dos deuses, quando o caldinho é de primeira. Quem nunca pegou um pedaço de pão e mergulhou no caldo de carne cozida? Ou no tabuleiro onde um pernil está sendo assado? Pão com linguiça é ótimo – e com torresmo também. Pão molhado com azeite de lagar é de lamber os beiços.
             E uma açorda portuguesa, que é sopa feita com pão dormido, muito azeite, coentro, cebola?
            Até quando é ruim, o pão pode ser transformado num bom alimento. Pode ser esquentado, pode ser esfregado com azeite e alho, pode ser cortado em pedaços e torrado no forno. Podia passar o resto da vida falando no bom do pão. O que é mais ou menos chover no molhado, porque todo mundo sabe de suas mil e uma utilidades.
            Há uns best-sellers: bisnaga com salame – alguém esquece? Ainda mais agora, que a gente pode comprar salame italiano em qualquer delicatessen. Pão quente com manteiga, derretendo, uma xícara de café. Ninguém precisa comer mais nada para conhecer o que é bom.
            O povo francês entende do riscado. No país, o pão é mais do que um alimento, é uma bandeira, é uma identidade, um referencial. É por isso que é tratado com tanta intimidade, vai debaixo do braço sem embalagem, no fim da tarde ou no começo da manhã, pousa em cima do banco da praça numa pausa para o descanso, aparece em primeiro lugar em todas as mesas de refeição, qualquer que seja a comida pedida. E muitas vezes é a própria refeição; uma baguete inteira, com queijo e presunto alimenta qualquer um...
(Marina, Anna. Estado de Minas, 10 jul. 1998.)
1)     Leia os fragmentos retirados do texto:

“Um simples “pão molhado”, daqueles que são vendidos em botequins, pode ser um acepipe dos deuses”
“Pão molhado com azeite de lagar é de lamber os beiços.”

Leia, agora, o significado das palavras destacadas, de acordo com o dicionário:
acepipe: comida fina, iguaria, petisco.
lagar: espécie de tanque onde se espremem as azeitonas para a produção de azeite.

Com base na leitura do texto e nos significados dos termos acima, pode-se afirmar que:

a) um pão molhado pode tornar-se uma comida refinada, e é delicioso o pão molhado em azeite produzido em certo tipo de tanque.
b) o pão molhado é uma comida barata de botequim, e fica gorduroso o pão molhado em azeite puro.
c) um simples pão molhado é uma comida cara, e é gostoso o pão molhado em azeite de tanque.
d) um pão molhado pode tornar-se uma comida deliciosa, e é indigesto o pão molhado em azeite puro.

2)     Leia o trecho: “E uma açorda portuguesa, que é sopa feita com pão dormido, muito azeite,
coentro, cebola?”
O termo sublinhado no período acima remete a um:

a) pão que só será produzido no dia seguinte.
b) pão que não foi consumido no mesmo dia de sua fabricação.
c) tipo de pão muito barato, próprio para fazer a açorda.
d) tipo de pão que só pode ser consumido no outro dia.
3)    Leia o trecho abaixo:

“Há uns best-sellers: bisnaga com salame – alguém esquece? Ainda mais agora, que a gente pode comprar salame italiano em qualquer delicatessen. Pão quente com manteiga, derretendo, uma xícara de café. Ninguém precisa comer mais nada para conhecer o que é bom.”

Agora, leia o significado de:
best-sellers: 1. os livros de sucesso; 2. produtos muito vendidos.
delicatessen: estabelecimento onde se vendem petiscos refinados, salgados ou doces.

De acordo com o texto, pode-se substituir as duas expressões destacadas por:

a) livros mais vendidos / petiscos de sabor refinado.
b) os mais consumidos / lojinha de comidas finas.
c) grandes sucessos / loja de aperitivos.
d) os mais vendidos / padaria e confeitaria.

4)    No período “Há uns best-sellers: bisnaga com salame – alguém esquece?”
  O uso do travessão serve para:

a) apresentar a opinião da maioria das pessoas sobre bisnaga com salame.
b) inserir o pensamento do autor do texto.
c) marcar a fala do personagem.
a) enfatizar a importância do salame.

5)    Substituindo a expressão destacada na oração “Ainda mais agora que a gente pode comprar salame em qualquer delicatessen.” , teremos, de acordo com o texto:

a) que vocês podem...
b) que nós podemos...
c) que nós poderemos...
d) que vocês poderão...

6)    Leia o trecho abaixo:
“No país, o pão é mais do que um alimento, é uma bandeira, é uma identidade, um referencial.”
A expressão “No país” refere-se:

a) ao Brasil.
b) à Espanha.
c) à França.
d) a Portugal.

7)    Explique a expressão: “Até quando é ruim, o pão pode ser transformado num bom alimento”.

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Texto 2
Arroz, feijão, bife, ovo

                Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?
                Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?
                Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.
                Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.
                Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que lhe cacem também.
                Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regras, patrulha, horários. Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E páginas.
                Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, torna-se repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O ritmo dos dias é tão intenso que às vezes a gente esquece de se alimentar direito.


8)     A autora introduz sua crônica fazendo referência a que tipo de alimentação?
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9)     Leia: “Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica.”
Melancólica significa triste, desanimada. A que tipo de “fome” a autora se refere?
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10)  No texto há várias sugestões para nos “alimentarmos direito”. Cite no mínimo três:
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Proposta de Redação

Conforme vimos, uma alimentação saudável é essencial para mantermos a nossa saúde. Porém, vimos também que isso não basta... Por que ninguém quer apenas “ficar de pé”. Queremos viver com qualidade. Temos fome de diversão!

Com base na introdução acima e na imagem ao lado, escreva um texto sobre o que lhe mantém vivo (a),  além de uma boa alimentação, claro!

Mínimo: 15 linhas
Máximo: 30 linhas




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