quarta-feira, 14 de maio de 2014

Resumo do livro "A última flor de Abril" Alexandre Azevedo

Aqui é só um aperitivo da obra! Leiam o livro!


A última flor de abril – Alexandre Azevedo (resumo)

                A Rua Santa Rita Durão era um beco sem saída com umas 15 ou vinte casinhas e naquele tempo, não havia internet ou videogames, então a gurizada brincava ali mesmo, na rua.
                Havia um terreno baldio ao lado de um casarão e ali, trataram de se reunir para jogar pelada todas as tardes.
                Os adultos não gostaram muito da ideia, mas como viram que eles brincavam sem destruir nada, não se importaram. Com exceção do seu Manuel, um português que veio morar ali a mais de 50 anos e que não era nem um pouco simpático com eles.
                Após prometerem deixar o campinho sempre limpo, conseguiram convencer o dono do terreno, um rico do outro lado da cidade, a jogarem, estava tudo certo agora. Às vezes os adultos faziam até torcida pra eles.
                O único problema que tinham era quando a bola caía no pátio do seu Manuel, aí a bola podia ser dada como perdida. Ele furava todas, sem dó, nem piedade. Dizia assim: “Caiu aqui, já era!” Ele tinha um jardim de dar inveja...                              Após o tempo, uma família de Belo Horizonte veio morar naquela rua e dela fazia parte Zé Roberto, aquele que se tornaria o craque do time. O “Santa Rita” sempre perdia para os garotos da Rua Marechal Deodoro, mas pela primeira vez, ganharam graças aos gols de Zé Roberto, que agora fazia parte “oficialmente” do time.  A escalação era: Celso, Juca, Sandoval, Supimpa, Pedrão, Zé Roberto, Andrezão e Edu. No decorrer dos jogos entravam Rogério e Tiquinho. Como o campinho não era grande, cada time podia ter no máximo 8 componentes.
                Quando arrumaram o terreno para os jogos, a gurizada se organizou mesmo: marcou as linhas do terreno com cal, montou as goleiras e comprou bolas, mas o tempo foi passando e quando perceberam, a última bola havia caído novamente no pátio do português ranzinza. E agora? Zé Roberto não quis nem saber, foi logo se ajeitando para pegá-la no muro, mas seus amigos tinham medo do que seu Miguel poderia fazer, até por que achavam que não adiantaria, já era. Já tinham perdido mais de dez bolas...
                As horas passaram, quando espiaram e não acreditaram no que viram: a última bola estava lá, intacta, sem nenhum furinho! Foi aí que pensaram que devia ser uma armadilha do velho, mas mesmo assim, com muito cuidado, Zé pulou o muro e trouxe uma florzinha junto com ele. Achou bonitinha e resolveu embelezar a “Arena Durão”.
                No dia seguinte passaram a estranhar o sumiço de seu Miguel, que não aparecia nem para reclamar do barulho. Perguntaram aos vizinhos e ninguém tinha notícias dele.
                 Quanto mais o tempo passava, mais curiosos e preocupados, ficavam. Foi aí que resolveram invadir a mansão e procurar por alguma pista. Até duas amigas deles entraram nessa. Nossa! Quantos livros e antiguidades! Reviraram todos os cômodos e nada. Foram embora.
                O que ninguém sabia é que na verdade, seu Miguel havia sido sequestrado por um ex-biólogo chamado Roberval e mais dois comparsas. Eles queriam uma espécie de flor rara, que só seu Miguel tinha no país, a qual o nome era Desiderata rosada. Valia muito dinheiro. E o que eles também não sabiam era que ele estava mais perto do que imaginavam: estavam no subsolo da casa, ao qual chegariam por uma entrada secreta da biblioteca.
                Seu Miguel não se rendeu às ameaças de morte e provocou a ira dos bandidos, que reviraram o jardim durante a noite procurando a flor, apenas com uma foto nas mãos. Porém, não a encontraram.
                No dia seguinte à destruição do jardim, os vizinhos estavam desolados, acharam que aquela bagunça era sacanagem dos meninos, que ficaram tão ofendidos que resolveram ir de novo até o casarão para acharem algo que esclarecesse o sumiço do português e assim provariam sua inocência. Até o picolozeiro curioso, seu Quem Quem, foi com eles. Foi aí que uma das meninas encontrou a tal entrada secreta e ali entraram. Era um lugar úmido, escuro e com várias outras entradas, um verdadeiro labirinto.
                Enquanto isso, o vigia estava hospitalizado, porque levou um golpe dos bandidos na cabeça no dia da invasão à casa do português.
                Todos estavam caminhando no subsolo da casa, quando ouviram vozes. Era Roberval irritado porque não havia achado a tal flor, para o alívio de seu Miguel. Pedrão e Aninha foram atrás do delegado Rui para salvar seu Miguel e render os sequestradores. Mas quando Zé Roberto percebeu que os bandidos iriam atirar nele, resolveu sair de onde estava escondido e defender o vizinho. Roberval não estava mais nem ligando, disse que mataria os dois. Então seu Quem Quem sacou uma arma e rendeu os bandidos. Que gritaria, que confusão!
                O delegado e seus policiais chegaram ao cativeiro e prenderam os bandidos. E a garotada estava salva, graças ao picolezeiro, que nada mais era do que um detetive disfarçado. Estavam seguros o tempo todo e não sabiam!
                Por fim, seu Miguel ficou muito grato a todos e ainda por cima teve uma bela surpresa: sua flor estava salva, pois sem saber de seu valor, Zé a apanhou do jardim e plantou no campinho, o que fez com que os bandidos não a achassem.
                No dia seguinte, todos ajudaram na reconstrução do jardim e replantaram a flor valiosa. Até lanche do português ganharam!
                Tudo estava em paz. Os garotos estavam jogando quando de repente a bola caiu novamente no terreno de seu Miguel. E agora? Seu Miguel apareceu e quando eles menos esperam, ele entrou no campo e começou a jogar com eles. Por essa ninguém esperava!
                Abril chegou e todos foram chamados para o espetáculo. A Desiderata abriria seu botão uma única vez naquele ano, era ali, em abril.


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